VIAGEM À PATAGÔNIA CHILENA – ESTREITO DE MAGALHÃES E TORRES DEL PAINE

13 nov 2018 às 08h09

Na viagem que fizemos ao Chile para visitar vinícolas nos Vales de Aconcágua e Casablanca, aproveitamos para conhecer a Patagônia Chilena.

No ano anterior, estivemos na Patagônia Argentina, em Ushuaia e El Calafate, e desta vez programamos conhecer o outro lado da Cordilheira dos Andes.

Deste lado da Cordilheira dos Andes, entre Puerto Montt, região dos lagos, e Puerto Natales, de Torres de Paine, há uma concentração enorme de glaciares, os Campos de Gelo.

As Patagônias Chilena e Argentina concentram 3% de toda a água da Terra.

Nesta viagem, saímos em um voo da LAN pela manhã de São Paulo, fizemos a conexão em Santiago, direto para Punta Arenas, no Estreito de Magalhães. Chegamos no fim da tarde do mesmo dia.

Paisagens da Patagônia Chilena

  
HISTÓRIA DO ESTREITO DE MAGALHÃES

No fim do século 15, os navegadores portugueses buscavam um caminho para as Índias pelo sul do continente africano. Haviam chegado até Angola e Cabo Verde.

Em 1488, o navegador português Bartolomeu Dias, após uma noite de tempestade no mar, descobriu o que chamou de Cabo das Tormentas, uma passagem do Oceano Atlântico para o Oceano Índico, a desejada rota para as Índias.

Ao voltar a Portugal e relatar o feito, o rei D. João II rebatizou como o Cabo da Boa Esperança, e passou a ser a rota oficial dos portugueses para as Índias e o Oriente.

No Tratado de Tordesilhas, esta rota e o Oceano Índico passaram para o controle e domínio dos portugueses.

Estátua de Fernão de Magalhães em Punta Arenas Museu Nau – Barco HMS BEAGLE de Charles Darwin

Os navegadores espanhóis decidiram então, buscar uma rota no sentido contrário, do Oceano Atlântico para o Oceano Pacífico. Seguindo nesta direção, dando a volta na Terra chegariam também ao Oriente e à Índia.

Um outro objetivo era conquistar também um outro continente, já conhecido na época, e que nenhuma nação havia ainda tomado posse, Austrália.

Vários navegadores espanhóis tentaram localizar um canal que ligasse os dois Oceanos. No início do século 16, já se sabia da existência deste canal, a grande dificuldade era na saída para o Oceano Pacífico.
Havia um emaranhado grande de ilhas, várias enseadas, bancos de areia, falsas passagens e baias, de modo que os navegadores sempre chegavam a lugares sem saída. 

O experiente navegador português Fernão de Magalhães propôs ao rei Dom Manuel uma expedição para descobrir a passagem para o Pacífico. Em atenção ao Tratado de Tordesilhas, e por julgar o investimento muito caro e de risco, o rei declinou o pedido.

Magalhães então se dirigiu aos reis de Espanha, Isabel e Fernando. Ele havia por vários anos estudado relatos , descrições e mapas da região, e apresentou um projeto substancioso. Com os insucessos dos navegadores espanhóis e desejosos de terem um protagonismo mundial nas descobertas e conquistas, os reis aprovaram a expedição.

Em 1519, com cinco caravelas e 234 homens, Magalhães partiu do porto de Cádis. Em 1520, ainda no trajeto, uma das caravelas se amotinou e regressou à Espanha fazendo duras críticas à condução da expedição.

Magalhães chegou na entrada do estreito com 4 caravelas. O canal tem cerca de 600 quilômetros de extensão, a largura varia de 3 a 32 quilômetros e profundidades de 1.000 a 4.000 metros. O mar é bem turbulento com rajadas de ventos muito fortes.

Uma das caravelas acabou desaparecendo em uma tempestade. Sobraram três caravelas. Magalhães levou quatro meses para encontrar a saída do canal. Durante o tempo que ficou buscando, devido a vários contratempos, acabou perdendo mais duas das caravelas, restando somente uma, a Nau Victoria.

Ao chegar do outro lado, pelo contraste entre a turbulência do canal e a tranquilidade do Oceano deu o nome de Pacífico.

Magalhães seguiu viagem até as Filipinas, onde tentou aproximação e acordos com os nativos. Em uma das tentativas de se chegar a um acordo foi vítima de uma emboscada. Ao descer na praia com 40 homens foi surpreendido por um grande número de nativos. Em uma batalha desigual foi morto pelo nativo Lapu-Lapu.

Alguns homens conseguiram retornar à nau e seguir viagem, entre eles o italiano Pigafetta. Antonio Pigafetta era um escritor italiano que pagou do próprio bolso e se ofereceu para acompanhar a expedição para fazer os registros da viagem.

A nau Victoria, capitaneada por Juan Sebastian Elcano, continuou e completou a viagem, retornando ao porto de Cádis em 6 de Setembro de 1522, com 18 tripulantes. Antonio Pigafetta foi um dos retornados, deve-se a ele os registros e a descrição completa e em detalhes da viagem. Ele estava ao lado de Magalhães quando este foi morto.

Nau Victoria de Fernão de Magalhães Pinguins do Extreito de Magalhães

  
TERRA DO FOGO E PATAGÔNIA

Além de dar nome ao Oceano Pacífico, a expedição de Magalhães ao fazer os registros, mapas e relatos, deu nomes a vários lugares.

Logo que adentraram pelo canal, onde ficaram cerca de quatro meses, ao ancorar próximo da praia, ficaram surpresos com o fogo e a fumaça que viam ao longe no meio da neve.

Eram os índios, nativos da região, Onas e Teuelches que faziam fogueiras para se aquecerem. Magalhães chamou primeiro de Terra da Fumaça, depois de Terra dos Fogos e, finalmente, de Terra do Fogo. Tudo isto consta dos registros do italiano Pigafetta.

Durante o tempo que estiveram buscando a saída para o Pacífico, houve a necessidade de interagir com os nativos. Era preciso de alimentos e água.
Os nativos eram tribos nômades, que seguiam os Guanacos, animais relativamente dóceis, parecidos com lhamas e que andavam em manadas. Deles os nativos tiravam a carne e a pele para vestimentas.

Os Teuelches se protegiam do frio com vestimentas de peles, inclusive para os pés. Quando caminhavam pela neve ou areia, deixavam grandes pegadas.
Os tripulantes passaram a se referir a eles como los patagones, ou seja, os pés grandes, em espanhol.

A expedição tinha a bandeira espanhola e a grande maioria dos tripulantes era de espanhóis. A partir daí, a região passou a ser conhecida como Patagonia, la tierra de los patagones.

Fernão de Magalhães, ou Ernando Magallanes, tem um reconhecimento muito grande no Chile, tanto é que a Província da Patagônia chilena leva o nome de Magallanes.

Paisagens da Patagônia Chilena

   
SABROSA

Magalhães nasceu em Sabrosa, uma pequena cidade, no norte de Portugal, muito próximo de Vila Real, Peso da Régua e Pinhão. Várias vinícolas importantes estão no município de Sabrosa, como a Quinta do Crasto e a Quinta Nova.
Eu visitei a cidade há alguns anos e recentemente passei por lá novamente.

Há uma placa do Governo Chileno homenageando Fernão de Magalhães por ter sido o primeiro europeu a pisar o solo chileno.
 

Casa onde nasceu Fernão de Magalhães – Sabrosa, Portugal


Se vier de carro por Vila Real, há uma pequena estrada para Sabrosa. De lá pode seguir direto para Peso da Régua ou o Pinhão, na beira do Rio Douro.

A estrada para o Pinhão é pelos morros rodeados de vinhedos, é uma paisagem espetacular.

FRANCIS DRAKE

Em 1578, com a aprovação da Rainha Elizabeth I da Inglaterra, então em pé de guerra com a Espanha, o pirata Francis Drake, atravessou Estreito de Magalhães, marcou posições na região, atacou e saqueou navios e portos espanhóis no Chile e Peru.
 

PEDRO SARMIENTO DE GAMBOA (1530-1592)

Preocupado com a proteção do Estreito e da já denominada Patagônia, o rei Felipe II da Espanha decidiu tomar posse e proteger toda a região. Nomeou para esta missão o navegador, explorador, conquistador Pedro Sarmiento de Gamboa.

Por seus conhecimentos em cosmografia, cartografia e astronomia além de explorar, tomar posse e habitar tinha como projeto desenhar cartas geográficas e mapas.
Não era fácil achar o caminho do Pacífico. Alguns navegadores chegavam em baias e enseadas sem saídas, e após várias tentativas, por decisões ou ameaças de motins, com fome e sede, acabavam desistindo.

Pedro Sarmiento em 1584 fundou um primeiro povoado e deu o nome do rei Felipe II. Era área inóspita e com muita dificuldade de se conseguir alimentos.

Preocupado, deixou o povoado e foi com sua caravela buscar alimentos. No trajeto, uma tempestade afundou a nau. Poucos chegaram com vida a terra. O tempo que levou para conseguirem retornar com alimentos foi fatal. Quando chegaram só havia uma pessoa viva.
Todos os outros haviam morrido de fome e de doenças.

O local passou a chamar Puerto Hambre.

Com o insucesso da missão de Pedro Sarmiento, o controle do Estreito de Magalhães foi deixado de lado pela Espanha. Os barcos mercantes transitavam normalmente pelo estreito sem que houvesse algum controle ou acompanhamento da frota espanhola.

Neste período, o Porto de Valparaiso, no Chile, tinha um grande movimento pelo abastecimento dos barcos, que transitavam pelo Estreito nos dois sentidos.

Mapa do sul da Patagônia Fernão de Magalhães


GOLETA ANCUD

Somente em 1843 após a expulsão dos espanhóis e a declaração da Independência do Chile, o governo chileno decidiu enviar um grupo com 21 homens e 2 mulheres para tomar posse do Estreito de Magalhães, comandados pelo Capitão de Fragata Juan Guillermos.

Eles chegaram em um barco, a Goleta Ancud, tomaram posse e fundaram o Forte Bulnes. A partir de então, iniciou- se a colonização da região e a fundação de Punta Arenas.

A Ordem Religiosa dos Salesianos teve uma atuação destacada na relação com os nativos. O Forte Bulnes está preservado e é uma das atrações turísticas da região. Há um grande monumento à beira-mar homenageando a Goleta Ancud e seus ocupantes.

Monumento da Goleta Ancud Capitão de Fragata Juan Guillermos

  
PROGRAMAÇÃO DA VIAGEM – PUNTA ARENAS – PUERTO NATALIS – TORRES DEL PAINE

PUNTA ARENAS

É a cidade mais importante da Patagônia chilena e do Estreito de Magalhães. Um porto movimentado, com navios atracando para reabastecimento e alguns cruzeiros com turistas.
A cidade é pequena, com movimento concentrado no centro, onde estão os restaurantes, bares, agências de turismo, bancos e outros serviços.

Há vários hotéis dentro e fora da cidade. Na praça principal, há um grande monumento homenageando Ernando Magallanes. Há vôos diretos de Santiago, diariamente.

Muitos turistas que programam visitar o Parque Nacional de Torres del Paine chegam de aviões por Punta Arenas. Por rodovia, a única maneira de chegar é vindo pela Argentina. Não é uma boa opção. É uma cidade de poucas atrações.
Há um pequeno museu histórico na Igreja dos Salesianos.

Há um outro, a céu aberto, chamado NAO VICTORIA, com reproduções em tamanhos reais da caravela Victoria, da expedição de Fernão de Magalhães, do barco Beagle de Charles Darwin e da Goleta Ancud.

Há ofertas de vários tours, ilha de pinguins, Forte Bulne e algumas opções de navegação. O grande problema é que o mar no estreito em Punta Arenas é bem mexido, com ventos fortes. A possibilidade do tour ser cancelado por falta de condições de navegação é bem grande.

Dediquei um dia e meio para Punta Arenas. O tour para Ilha dos Pinguins que eu havia marcado, foi cancelado por falta de condições de atracação na ilha. Com isto, pudemos visitar o museu NAO VICTORIA e o museu Salesiano. De resto foi caminhar pela rua central de comércio. Um dia inteiro para Punta Arenas é suficiente.

Ficamos hospedados no Hotel Rey Don Felipe a cerca de duas quadras da praça central e da principal rua de comércio. Hotel é bem tranquilo, os quartos espaçosos, café da manhã muito bom. À noite, o restaurante funciona à la carte, com poucas opções. Recomendo jantar em algum restaurante na cidade.

Imagens de Punta Arenas

PUERTO NATALIS – TORRES DEL PAINE

De Punta Arenas a Puerto Natales, que leva cerca de duas horas e meia de carro ou van, optamos por um translado privado para combinar com o voo de volta para Santiago. No caminho, na beira da estrada, você se depara com bandos de guanacos, caiquéns e até condores.

Os guanacos e os condores são protegidos. Já os caiquéns, por ter uma enorme população, há temporadas de caças. Guanacos são os animais que os índios teuelches, nativos da região, seguiam para extrair a carne para se alimentar e a pele para as roupas e calçados. É um macho dominante.
Vivem em pequenos bandos, sempre um macho com várias fêmeas.

Quando nasce um macho, ele fica no bando até a adolescência, depois é expulso e vai tratar de construir seu próprio harém. É comum um macho mais jovem enfrentar um mais velho para tomar-lhe a posição. E se isto ocorre, o perdedor vai viver o resto da sua vida isolado do bando. O predador do guanaco é o Puma.
Há vários pumas na região do Parque Nacional de Torres del Paine.

O Condor é considerado uma ave mística pelos Incas e pelos nativos. Eles acreditavam que pelo fato de voarem muito alto, chegavam perto dos Deuses. Em nossa viagem demos a sorte de ver três deles.

Caiquéns, também conhecidos como ganso de Magalhães, vivem também em grupos e são monogâmicos. O macho tem só uma parceira, a vida toda. A fêmea possui uma glândula que produz um odor, muito especial, que faz com que o macho fique fiel a ela. Se a fêmea morre, o macho para de comer e vai definhando até morrer.
Se o macho morre, a fêmea busca a companhia de outro macho.

Flamingos e Guanacos

  
PUERTO NATALES é também uma cidade muito pequena, à beira-mar, muito parecida com Punta Arenas. Há uma praça central e, no entorno, várias ruas com lojas, restaurantes, bares, bancos, agências de viagem e turismo. Há hotéis no centro e fora da cidade.

Nós nos hospedamos no Hotel Costaustralis à beira-mar. Da janela do nosso quarto via-se ao longe as Torres del Paine. É um hotel grande e que recebe grupos de turistas. Além do barulho, o atendimento, a recepção e o café da manhã cheio de gente são sempre complicados.
Não tem restaurante, só sanduíches. Para jantar há de buscar um na cidade.

Na próxima vez vou preferir um hotel menor, mais tranquilo, mesmo que não seja de frente para o mar. A cidade em si não tem atrações. Há sim uma variedade grande de opções de tours, caminhadas, trekkings e passeios de barcos pela região.

Imagens de Puerto Natales

 
PARQUE NACIONAL DE TORRES DEL PAINE

Paine em língua teuelche significa Azul. O parque ocupa uma grande área e é uma atração para turistas que fazem trekking. Você pode programar quanto quer caminhar, um dia, dois dias, três dias… oito dias.
Depende do gosto e do fôlego do
trekker.

No parque há abrigos, com paradas para descansar e pernoitar. Você pode ir por conta própria ou com um guia turístico. Há tours específicos para o número de dias que pretende caminhar. Você pode desistir durante o trajeto, a qualquer momento.

Importante que, sozinho ou com um guia de agência, é preciso reservar lugar nos refúgios para o pernoite. Se fizer através da agência, com um guia, eles cuidam de tudo e é mais seguro. Conhecem todos os caminhos e os perigos. Há guanacos e pumas pelo parque.

A recomendação é que as caminhadas sejam sempre durante o dia, com a luz do sol. É fundamental caminhar em mais de duas pessoas. O animal não ataca simplesmente. Há muitos guanacos para ele caçar.

Na entrada do Parque há um edifício para recepcionar e controlar a chegada dos visitantes. Há uma taxa que deve ser paga. Se for através da agência de turismo está incluído no valor cobrado.

O lugar é muito bonito. Há vários lagos de água de desgelo, com cores diferentes, azuis e verdes de vários tons. Há um Hotel Cinco Estrelas dentro do parque.

As Torres del Paine no horizonte e as montanhas a sua volta cobertas de neves são uma visão deslumbrante.

Torres de Paine e lagos com diferentes tons de azul

Nós pegamos um tour de um dia. A van nos pegou no hotel logo cedo e fomos em direção ao parque. Há uma primeira parada, antes de chegar, na Cueva del Milodom.

É uma enorme caverna onde, segundo os arqueólogos, vivia um animal pré-histórico, um bicho-preguiça gigante. É um lugar interessante de conhecer.

Caverna do Milodon

Em seguida, fomos direto para o parque. O tour consiste em, de van, percorrer uma área grande, fazendo paradas em vários mirantes, ao lado dos lagos, sempre com uma vista magnífica das montanhas.

Os lugares são lindos para fotografar. Estas montanhas não fazem parte da Cordilheira dos Andes. Neste passeio você caminha pouco, fica mais tempo dentro da van.

A parada para o almoço é em um restaurante à beira de um lago, bem em frente às Torres. Como o restaurante é muito concorrido, ao fazer a reserva do tour, reserve o almoço. Nesta altura do passeio, você vai estar com muita fome.

É um buffet de saladas e legumes, com carnes grelhadas deliciosas. Um copo ou dois de vinho completam o prazer.

Torres de Paine e águas do desgelo

   
GLACIARES

No dia seguinte optamos por um tour também de oito horas, de barco, para visitar os glaciares, Balmaceda e Serrano.

A van da agência nos pegou no hotel logo cedo e nos levou até o cais de onde sai o barco cheio de turistas. O barco leva cerca de 60 minutos para chegar na primeira atração, o glaciar Serrano.

Durante este percurso a paisagem é muito bonita. O lago com águas azuis contrasta com as montanhas com picos nevados ao redor. De vez em quando se vê algumas cachoeiras muito bonitas de águas do desgelo.

A maioria dos turistas fica dentro do barco que é climatizado. Lá fora com o vento faz muito frio. Mas se desejar tirar fotos tem de enfrentar.
Uma dica, na parte de trás da embarcação, o próprio corpo do barco, bloqueia o vento frio.

Cachoeira de desgelo e o Glaciar Serrano

Após um tempo chegamos em um cais de onde sai uma caminhada para o Glaciar Balmaceda. É uma trilha estreita por entre a mata, margeando o lago de cerca de três quilômetros.

No caminho, vão aparecendo boiando no lago muitas pedras de gelo que se descolaram do Glaciar. No fim da trilha, chega-se muito perto do glaciar. É uma caminhada para muitas fotos.

Embarcamos novamente e fomos para um outro cais onde está o restaurante. No trajeto servem uma dose de scotch on the rocks com gelo do glaciar, de centenas de anos. No restaurante oferecem três opções de comida – carne, ave ou peixe.

Naquela altura, com a fome que já era grande, a comida ficou mais saborosa. Depois do almoço, voltamos direto para o cais em Puerto Natales. Neste passeio você acaba ficando a maior parte do tempo no barco.

A caminhada pela trilha até o glaciar Balmaceda acaba sendo uma boa oportunidade para esticar as pernas.

Glaciar Balmaceda

Há vários outros tours em Puerto Natales para Torres del Paine e glaciares. Há inclusive um deles que você chega caminhando logo abaixo das Torres.

Eu recomendo ao contratar a agência solicitar uma descrição detalhada dos tours, e aí escolher de acordo com seu gosto e bolso. Eu recomendo um mínimo de três dias para Puerto Natales, de preferência de Outubro a Abril. O resto do ano é muito frio.
  

OPÇÕES DE ROTEIROS

Você pode combinar a viagem à Patagônia Chilena com alguns dias em Santiago visitando vinícolas, como fizemos nesta viagem. Recomendo que vá primeiro à Patagônia e depois a Santiago.
Uma outra opção de passeio é combinar a visita à Patagônia Chilena e Argentina.

Ou seja, vá primeiro por Santiago a Punta Arenas, Puerto Natales, e de lá, de van, ou alguma outra condução atravesse para o lado da Patagônia Argentina, em El Calafate. Do outro lado, em Al Calafate estão os glaciares Perito Moreno, Upsala e Viedma em El Chatén.

Em meu post da Patagônia Argentina há várias recomendações para passeios em El Calafate. De lá, retorne ao Brasil por Buenos Aires.

Nas Patagônias Chilena e Argentina, há várias atrações, como Ushuaia, El Calafate, El Chatén, Puerto Natales, Torres del Paine, Puerto Montt , que podem ser combinadas iniciando tanto pelo Chile como pela Argentina.

Glaciar e Paisagens da Patagônia Chilena

Se desejar alguma dica ou recomendação, contate-me pelo:
miltonassumpcao@terra.com.br

   

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